O Setembro Amarelo como iniciativa para falar sobre o suicídio

O suicídio é um terrível mal que deve ser combatido pela humanidade. A trágica solução que alguns encontram para o sofrimento leva famílias e toda a sociedade ao sofrimento. O setembro amarelo veio como forma de resposta. Hoje, 10 de setembro, temos o Dia Mundial de Combate ao Suicídio. Discussões são realizadas em todo mundo com objetivo de diminuir a incidência de suicídio. No Brasil, a iniciativa ficou famosa no mês de setembro, mas sabendo as autoridades da importância de se discutir o assunto em todos os meses do ano. 

Desde 2014, o setembro amarelo faz parte do calendário de atenção do Ministério da Saúde e inicia-se com campanhas de instituições e conselhos de classe dos trabalhadores da saúde do Brasil. Os casos atingem mais os jovens e por isso requer atenção da população e do estado. Mas não é o bastante, com a pandemia há necessidade do aumento de iniciativas para a diminuição dos casos de suicídio no Brasil.

Algumas informações sobre o assunto são importantes

Principais fatores de risco:

• Doenças mentais
• Tentativa prévia
• Pessoas jovens

As doenças mentais elevam a vulnerabilidade para o suicídio. Damos atenção aqui à depressão que aparece como uma das doenças que mais leva os jovens a buscar o fim da própria vida. A tentativa prévia aparece na maioria dos casos de suicídio, sendo que 8 em cada 10 pessoas que cometeram o suicídio já realizaram alguma tentativa ao longo da vida. Os jovens são vulneráveis ao Suicídio. Esses são suscetíveis às mudanças fisiológicas pois estão em fase de amadurecimento físico e psíquico. Quem convive com um adolescente, sabe que as mudanças nem sempre são fáceis. Nós sabemos que tudo isso vai passar, mas para isso precisamos trabalhar juntos em prol da criança ou do jovem que está precisando da nossa ajuda

Como identificar que o jovem está precisando de ajuda? 

• Fique atento às modificações do corpo ou mudanças fisiológicas que levam ao desencadeamento de doença psíquica. Essa fase é de constante modificação e devemos ter muita atenção;

• Analisar se a pessoa possui vulnerabilidades sociais ou genéticas. As vulnerabilidades sociais são fatores de risco. Mas não é apenas avaliar a condição socioeconômica, mas questões que levam a pessoa a um detrimento da saúde mental;

• Fique atento aos sinais. Os pais, professores, parentes e amigos podem ser fundamentais nessa identificação. Algumas alterações de comportamento quando observadas podem salvar vidas;

• Observe se o jovem fica isolado, se possui impulsividade de reação, tristeza constante, dificuldade em se relacionar com pessoas, crises de raiva ou agitação, problemas com autoestima, se gosta de comportamento de risco, se utiliza álcool ou outras drogas em excesso.

Observe se o jovem provoca automutilações, que é definida como qualquer comportamento intencional envolvendo agressão a si próprio, sem intenção de suicídio. É um fator de risco, mesmo não sendo objetivo, o suicido. Esse evento nos mostra que o adolescente pode não saber lidar com situações.

O acolhimento, a empatia e a criação de vínculos são dispositivos importantes para qualquer contato com o jovem. Lembre-se que no mundo de hoje, a pressão por resultados chega cada vez mais cedo na vida dos jovens. Por isso, essa discussão se torna cada vez mais necessária nos ambientes escolares e nos territórios. É importante criar redes de acolhimento dos jovens, impedindo que doenças tratáveis possam se tornar um perigo real. 

Os profissionais de saúde, principalmente enfermeiros que são o maior número de profissionais da linha de frente, devem investir na prevenção do suicídio. Para isso, torna-se necessário que os diversos atores da sociedade possam refletir também sobre a lógica de vida, de estudo e trabalho dos jovens. 

Por Rafael Polakiewicz

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