A história recente da região como o bairro do Derby, hoje ocupado por pouco mais de dois mil habitantes, tem origem em 1888.
O local era conhecido com Estância, por conta da moradia de Henrique Dias, herói negro que combateu os holandeses, até que o nome Derby passou a ser utilizado, por conta de uma pista de corridas de cavalo construída pela Sociedade Hípica Derby Club, que funcionou entre 1888 e 1898.
O Derby era um dos locais preferidos pela aristocracia. Lá se praticava hipismo e descansava durante o verão na beira do Capibaribe.
A pista de corrida de cavalos, no entanto, foi deixada de lado pela população e, então, comprada pelo coronel Delmiro Gouveia, que transformou o local num complexo que contava com o Mercado Modelo Coelho Cintra, além Grande Hotel Internacional, num patamar de luxo superior aos demais da época.
Tudo que era possível para a época era encontrado no Mercado, até que um incêndio o destruiu em 1900.
A própria polícia foi a causadora do fogo, por perseguição política à Delmiro.
Contam pesquisadores, que o Mercado Modelo praticava preços abaixo dos da concorrência, gerando desentendimentos com o então prefeito da cidade Esmeraldino Bandeira e com o então vice-presidente da República, Rosa e Silva.
Morando na Europa e com dívidas em Pernambuco, Delmiro hipotecou o prédio que, após reforma, abriga até o hoje o Quartel da Polícia Militar de Pernambuco.
Ao longo das décadas, sobretudo no governo de Sérgio Loreto, foram realizados aterros e drenagens na parte em que atualmente está a Avenida Agamenon Magalhães.
Nessa época também, entre 1924 e 1926, foi construída a Praça do Derby, projetada por Burle Marx. Ao redor dela, diversos casarões que hoje são consultórios médicos e edifícios, abrigavam parte da nobreza da cidade.
O caráter residencial, no entanto, foi diminuindo ao longo do tempo. Por conta da sua localização central, o Derby atraiu diversos empreendimentos comerciais, que ocupam a maioria das construções do bairro.
0 Comentários