A história do meu Recife: Bairro da Torre

O que hoje é o bairro da Torre, na Zona Oeste do Recife, já foi um grande apanhado de terras de uma sesmaria abandonada. Só no século XVI, quando as terras foram adquiridas pelo colono português Marcos André, que ali fundou um engenho de açúcar, o local ficou conhecido com o nome do seu dono. 

Já em 1654, depois da disputa da terra com os holandeses, o então proprietário, capitão Antonio Borges Uchoa, descendente de Marcos André, restaurou o engenho em 1655 e para melhorar a comunicação com suas terras mandou construir uma ponte sobre o rio Capibaribe, que depois da construção ficou conhecida como Ponte d`Uchoa, nome usado até hoje.

Já o nome atual do bairro veio por causa da torre da capela que havia no engenho, que tinha devoção a Nossa Senhora do Rosário e foi reformada três vezes, em 1781, em 1867, e em 1912, quando a igreja se tornou a matriz do subúrbio. Mesmo dedicada a Nossa Senhora do Rosário, a devoção dos moradores da região por Santa Luzia fez com que a construção seja hoje mais conhecida como Igreja de Santa Luzia. 

Já no século XX, a Torre foi um dos bairros operários do Recife, especialmente na indústria têxtil, uma das pioneiras no estado. A construção das vilas operárias, onde moravam milhares de trabalhadores também impulsionou no bairro a construção de cinemas, como os extintos Cine Teatro Modelo e Cine Torre, que até hoje dá nome a um edifício.

Por Monyse Ravenna

Postar um comentário

0 Comentários