Paciente recebe pão com barata no café da manhã de hospital particular do Recife

Um caso revoltante registrado na Maternidade do Hospital Vasco Lucena, unidade da rede Hapvida localizada na Rua do Progresso, na Boa Vista, Região Central do Recife, reacendeu uma discussão urgente sobre higiene, segurança sanitária e respeito ao paciente. No dia 19 de novembro, apenas no segundo dia de internação de uma gestante que havia acabado de dar à luz, o café da manhã “diet” destinado à paciente diabética chegou ao quarto por volta das 5h. Dentro da bandeja: um pão seco, banana cozida, queijo… e uma barata inteira.

A cena, registrada em vídeos e fotos pelo comerciante Everaldo Silva, e divulgado no Instagram, na última quarta-feira (03), não apenas revela falha gravíssima na manipulação dos alimentos, como evidencia total falta de controle sanitário em uma área sensível de qualquer hospital, a cozinha responsável por servir pacientes debilitados, recém-nascidos e puérperas. 

O alimento contaminado foi imediatamente mostrado às enfermeiras, que acionaram a cozinha; logo após, uma nutricionista apareceu no quarto e levou o desjejum embora. Ali, restringiu-se o atendimento: um pedido de desculpas e a promessa vaga de “investigar o ocorrido”.


Mas não é suficiente. Não pode ser suficiente.

Um hospital que se propõe a cuidar de vidas, especialmente de mães e bebês, não pode operar em condições capazes de servir insetos junto com a refeição de um paciente. É, no mínimo, uma afronta à dignidade humana e uma ameaça direta à saúde, principalmente de pessoas com imunidade fragilizada.

O caso ganha contornos ainda mais graves porque se trata de um plano de saúde privado, pago mensalmente pelas famílias que acreditam estar investindo em segurança, conforto e atendimento qualificado. O acompanhante da paciente foi claro: “É um plano de saúde pago! Observem tudo, não baixem a cabeça.” A família afirma que irá judicializar o caso para que outras pessoas não passem pelo mesmo constrangimento e risco.

Enquanto isso, o episódio acende um alerta importante sobre a necessidade de rigor no controle sanitário e na gestão de unidades hospitalares. Casos envolvendo contaminação de alimentos em ambientes de saúde, especialmente em setores que atendem puérperas e recém-nascidos, exigem apuração detalhada e a adoção de medidas preventivas. A expectativa é de que o hospital e os órgãos competentes esclareçam o ocorrido e adotem providências que garantam a segurança e o bem-estar dos pacientes.

Por Gabriel Diniz

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