Aluno do Colégio Boa Viagem é espancado dentro da escola


Um menino de 10 anos ficou ferido após ser agredido com chutes e socos na quadra de uma escola particular, na Zona Norte do Recife. À reportagem, o pai da vítima, o bacharel em direito Uilder Lima, disse que as agressões foram praticadas por outros seis alunos da mesma série.

O caso aconteceu na quarta-feira (23), na unidade do Colégio Boa Viagem no bairro da Tamarineira. Segundo Uilder, a criança chegou em casa com hematomas em todo o corpo. Procurada, a instituição de ensino disse, por nota, que entrou em contato com as famílias de todos os envolvidos.

"Ele chegou sem condições de andar normalmente, se queixando de dores no ânus, no abdômen, no braço, nas costas. O que ele comentou para a gente foi que ele dedurou uma brincadeira de jogar bola de tampinha na quadra. Seis garotos ficaram em círculo, empurraram no chão e começaram a chutar e dar murros na cabeça. E ele se defendeu com as mãos", contou o pai da criança.

De acordo com Uilder, o filho relatou que foram dois amigos dele, da mesma idade, que afastaram os agressores, sem qualquer intervenção de funcionários da unidade de ensino. No fim da manhã de quarta, o menino foi levado para casa pela mãe de um desses dois colegas, que teria falado com a direção da escola sobre o ocorrido.

"Eu levo os meninos para o colégio e ela traz para a minha residência. A gente faz essa parceria. Quando meu filho comentou, ela ficou tão chocada que retornou ao colégio, falou com a diretoria", disse Uilder, acrescentando que o menino, que tem Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH), já foi vítima de bullying em outras ocasiões.

"Tivemos diversas reuniões com o colégio, dialogando com a psicóloga, a coordenação, a direção e a própria professora. E [eles dizem]: 'A gente vai solucionar'. [...] O último bullying foi duas semanas atrás, que ele foi com um sapato para o colégio e os alunos disseram que era falso. Fizeram o mesmo esquema de círculo e pisotearam o sapato, empurrando-o na parede", afirmou o pai.

Uilder disse que levou o filho para a emergência de um hospital particular e foi verificado que ele não teve lesões internas.

Depois do atendimento, eles se dirigiram para o Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), no bairro da Madalena. Como o local estava fechado, o pai e o filho foram encaminhados para o plantão da unidade, que funciona na Delegacia da Mulher, no bairro de Santo Amaro, para registrar o boletim de ocorrência.

Procurado pela reportagem, o Colégio Boa Viagem enviou uma nota informando que não compactua com a situação ocorrida na quarta (23) e que está em contato com as famílias de todos os meninos que participaram do incidente, "prestando suporte e tomando providências pedagógicas e disciplinares".

A reportagem também procurou a Polícia Civil, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.

Com informações do G1PE

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1 Comentários

Fúlvio Reis disse…
Absurdo, uma instituição de ensino desse porte, não ter uma fiscalização pedagógica contínua na recreação desses alunos, como pode ocorrer um fato de agressão dentro da unidade e quem presta socorro é próprios alunos e o pior a família da vítima fica tendo ciência dos fatos por terceiros e não pela direção do colégio.Sinceramente, pricessaria o CBV por omissão...😭