Campanha busca ajuda para tratamento de garoto diagnosticado com Adrenoleucodistrofia

Uma campanha organizada por amigos e familiares, com incentivo dos organizadores do Projeto Pontes, gerido pela Igreja Verbo da Vida, no Recife, busca arrecadar fundos custear o tratamento do pequeno William, um garotinho de 11 anos, participante do programa social.

William, que foi diagnosticado com Adrenoleucodistrofia, viajou esta semana para Curitiba/PR, onde realizará consultas e exames para o transplante de medula óssea, uma das alternativas para conter o avanço da doença.

Como ajudar

Uma conta foi disponibilizada para aqueles que puderem colaborar com a campanha. As doações deverão ser feitas para o PIX 089.957.284-77 (Chave CPF), em nome de Beatriz Paula da Silva.


Sobre a doença

A Adrenoleucodistrofia (ALD) é uma doença genética rara que faz parte do conjunto de doenças chamadas leucodistrofias, causadas por uma deficiência na bainha de mielina, membrana protetora e isolante que envolve os neurônios e permite a condução dos sinais nervosos.

A Adrenoleucodistrofia é uma doença genética rara ligada ao cromossomo X, em que há insuficiência adrenal e acúmulo de substâncias no organismo que promovem a desmielinização dos axônios, que é a parte do neurônio responsável pela condução dos sinais elétricos, podendo estar envolvido na fala, visão ou na contração e relaxamento dos músculos, por exemplo.

Assim, como na Adrenoleucodistrofia a sinalização nervosa pode estar prejudicada, é possível que surjam ao longo do tempo sinais e sintomas relacionados com essa situação, podendo haver alterações na fala, dificuldade para engolir e andar, e alterações no comportamento, por exemplo.

Essa doença é mais frequente nos homens, já que o homem possui apenas 1 cromossomo X, enquanto que a mulher para ter a doença precisa ter os dois cromossomos alterados. Além disso, os sinais e sintomas podem ser manifestados em qualquer idade, depende do intensidade da alteração genética e velocidade com que ocorre a desmielinização.

Sintomas da Adrenoleucodistrofia

Os sintomas da Adrenoleucodistrofia estão relacionados com a alteração na função das glândulas adrenais e desmielinização dos axônios. As glândulas adrenais ficam localizadas acima dos rins e estão relacionadas com a produção de substâncias que ajudam a regular o sistema nervoso autônomo, promovendo o controle de algumas funções do corpo, como respiração e digestão, por exemplo. Assim, quando há desregulação ou perda da função das adrenais, é também observada alterações no sistema nervoso.

Além disso, devido à alteração genética, é possível haver acúmulo de substâncias tóxicas no organismo, o que pode provocar a perda da bainha de mielina dos axônios, impedindo a transmissão dos sinais elétricos e resultando nos sinais e sintomas característicos da Adrenoleucodistrofia.

Assim, os sintomas da Adrenoleucodistrofia são percebidos à medida que a pessoa desenvolve-se podendo ser verificado:

• Perda da função das glândulas adrenais;
• Perda da capacidade de falar e interagir;
• Alterações do comportamento;
• Estrabismo;
• Dificuldades para andar;
• Dificuldade para se alimentar, podendo ser necessária a alimentação através de sonda;
• Dificuldade para engolir;
• Perda das capacidades cognitivas;
• Convulsões.

É importante que a Adrenoleucodistrofia seja identificada logo ao nascimento, pois assim é possível diminuir a velocidade com que os sintomas aparecem, promovendo a qualidade de vida do bebê.

Como é feito o tratamento

O tratamento para a Adrenoleucodistrofia é o transplante de medula óssea, sendo recomendado quando os sintomas já são muito avançados e há graves alterações cerebrais. Nos casos mais leves, o médico pode recomendar a reposição dos hormônios produzidos pelas glândulas adrenais, além de fisioterapia para evitar a atrofia muscular.

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