Grande nome da teledramaturgia brasileira preso por pedofilia


Um dos grandes nomes da teledramaturgia brasileira foi preso, em flagrante, na tarde desta quinta-feira (15) por  armazenar material de pedofilia infantil.

Ainda sem maiores informações, o jornalista Luiz Bacci, da RecordTV trouxe nas suas redes sociais nesta quinta-feira (15) a notícia de que o ator José Dumont, 72 anos, foi preso na cidade do Rio de Janeiro. O profissional é veterano na dramaturgia e já passou por emissoras diferentes ao longo das décadas.

Denuncia

A polícia recebeu uma denuncia de que Dumont mantinha um relacionamento com um fã, uma criança de 12 anos. Ele teria se aproveitado da vulnerabilidade da condição social do menor e começou a cativá-lo, dando -lhe presentes e mimos para conquistar a sua confiança.

De pronto, iniciou a investigação que levou à prisão. No ato da detenção, foi encontrado um vídeo de Dumont beijando a criança na boca e acariciando suas partes íntimas.

Ele foi detido para a sede da DCAV e encontra-se à disposição da Justiça. A audiência de custódia está marcada para esta sexta-feira (16). A investigação corre sob sigilo

Carreira na TV

José Dumont iniciou sua trajetória em 1981, no especial Morte e Vida Severina, da Rede Globo, interpretando Severino. No ano seguinte, foi Tenente Zé Rufino na minissérie Lampião e Maria Bonita. Em 1983, deu vida ao personagem Valdir em Bandidos da Falange. No ano seguinte, encarnou no Governador Franco Rabelo em Padre Cícero, além de estrear na telenovela Corpo a Corpo como Darcy.

Em 1985, interpretou Cróvis e Peixoto na telenovela De Quina Pra Lua e foi Zé Bebelo na minissérie Veredas. Dois anos mais tarde, transferiu-se para Rede Manchete dando vida a Aluísio em Carmem e, no ano seguinte, como Delegado Eurípedes Peçanha em Olho por Olho.Iniciou a década de 1990, interpretando Gil em Pantanal, Antenor em Rosa dos Rumos e Mané Coxó em A História de Ana Raio e Zé Trovão.

Em 1991, deu vida a Raimundo na minissérie Amazônia. Dois anos depois, foi Penteado na telenovela Guerra sem Fim. Em 1995, interpretou Né Cachorrão em Tocaia Grande e, posteriormente, encerrou seu trabalho na Rede Manchete como Terto em Mandacaru. Em 1999, retornou para a Rede Globo como Batista em Terra Nostra.

Em 2005, foi o salva-vidas Bóia na telenovela América. No ano seguinte, transferiu para a RecordTV dando vida a Alcides na primeira fase de Cidadão Brasileiro. Em 2007, participou das telenovelas Luz do Sol e Caminhos do Coração como Fausto e Teófilo, respectivamente.

Posteriormente, o personagem Téo também foi interpretado pelo mesmo em Os Mutantes: Caminhos do Coração, a segunda parte da trilogia.

Em 2010, deu vida a Romeu na telenovela Ribeirão do Tempo. Dois anos depois, interpretou Moacir na série Fora de Controle e no especial O Milagre dos Pássaros como capitão Lindolfo Ezequiel. Em 2013, foi Esmeraldino em Dona Xepa, concluindo seu trabalho na RecordTV como Job em Milagres de Jesus.

Em 2015, voltou novamente para a Rede Globo na pele de Expedito na telenovela I Love Paraisópolis. No ano seguinte, foi Zé Pirangueiro em Velho Chico.

Em 2017, participou da série Sob Pressão como Valdo Cruz; além de interpretar os personagens Tião das Cacimbas e Sílvio nas obras Onde Nascem os Fortes e Segunda Chamada, respectivamente. Em 2020, deu vida a Coronel Eudoro em Nos Tempos do Imperador.

Carreira no Cinema

Seu primeiro papel nas telonas foi em 1977 como Severino em Morte e Vida Severina; mesmo período em que atuou como o assassino do personagem principal em Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia. No ano seguinte, participou de quatro longas: O Escolhido de Iemanjá como Tucano; Se Segura, Malandro! como Cara do Papagaio; Tudo Bem como Piauí e em Coronel Delmiro Gouveia como Zé Pó. Em 1979, esteve nos filmes Amor Bandido como Testemunha e República dos Assassinos como Silveirinha.

Em 1980, esteve nos longas J.S. Brown, o Último Herói como Zé Maria, fez participação especial em Até a Última Gota como Jucenil e foi Ceará em Gaijin – Os Caminhos da Liberdade, este último, foi premiado com o Kikito de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante pelo Festival de Gramado. No ano seguinte, deu vida ao personagem Deraldo e Severino em O Homem que Virou Suco, papel que lhe consagrou em sua categoria como vencedor no Festival de Brasília e Festival de Gramado, além de receber a Menção Especial de Júri pelo Festival Ibero-Americano de Huelva.


Em 1982, fez participações especial nos filmes O Sonho Não Acabou e Noites Paraguayas. No ano seguinte, esteve no elenco de O Cangaceiro Trapalhão e Parahyba Mulher Macho. Em 1984, interpretou Mário Pinto em Memórias do Cárcere; Tatu em Os Trapalhões e o Mágico de Oróz e foi Lambusca em O Baiano Fantasma, este último, recebeu quatro premiações como Melhor Ator no Festival de Havana, Prêmio Governador do Estado, Festival do Rio e no Festival de Gramado. Em 1985, foi reconhecido em sua categoria no Festival de Brasília pelo seu papel em A Hora da Estrela como Olímpico.


Dumont só voltaria a ser consagrado no cinema em 1998 pelo no longa Kenoma, dando vida a Lineu, sendo reconhecido por duas premiações: Melhor Ator pelo Festival de Brasília e Melhor Ator Coadjuvante no Festival do Cinema Brasileiro de Miami. Em 2003, foi eleito melhor na sua categoria principal pelo Cine PE, ao interpretar Antônio Biá no filme Narradores de Javé.[56] Três anos mais tarde, tornou-se Melhor Ator Coadjuvante do Grande Prêmio Brasileiro de Cinema no papel de Miranda em 2 Filhos de Francisco.

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