O Corpo de Bombeiros foi acionado, nesta tarde (6), para combater um incêndio de grandes proporções que atinge palafitas do Beco do Sururu, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife.
A comunidade fica ao lado do antigo Clube Líbano e do Restaurante Bargaço, embaixo da Ponte Paulo Guerra.
Três guarnições da corporação estão no local. Alguns barqueiros da região também ajudam a debelar as chamas.
Por meio das redes sociais, o prefeito do Recife, João Campos, informou que a Prefeitura "vai dar apoio às famílias" atingidas pelo incêndio no Pina.
O gestor disse que, "de imediato", "garantirá indenização" e também "abrigo e transporte para casas de parentes".
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, através de sua conta oficial no Twitter, se manifestou sobre o ocorrido e informou que as autoridades competentes já estão mobilizadas para socorrer às vítimas e prestar a devida ajuda.
"Corpo de Bombeiros e Secretaria de Desenvolvimento Social estão mobilizados para atuar, em parceria com a Prefeitura do Recife, no combate ao incêndio no Pina e na assistência às vítimas", escreveu Paulo Câmara.
De vários locais da cidade, foi possível observar colunas de fumaça escura. O trânsito ficou engarrafado na região. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) enviou para a ocorrência dois carros e duas motos.
Por volta das 18h, os bombeiros informaram que o “incêndio tinha sido controlado”. “As equipes trabalhavam, depois desse horário, combatendo os pequenos focos e no resfriamento do ambiente” disse. Às 19h20, os bombeiros ainda atuavam na área. Havia focos de fogo perto da ponte.
Drama
Os moradores das palafitas ficaram desolados e disseram que muita gente “perdeu tudo”. Vivendo na área há 25 anos, José Adson disse que só conseguiu pegar o botijão de gás. “Agradeço a deus por estar vivo”, declarou.
Segundo ele, muitas mulheres ficaram sem nenhum objeto ou roupa. Alves também fez um apelo à autoridades. “Tem que ajudar a reconstruir”, afirmou.
Maria das Dores da Silva contou que recebeu uma ligação e o alerta do incêndio. Quando chegou do trabalho, “estava tudo queimado”. “Perdi roupa, móveis e sandália. Não restou nada”.
Coordenador de um projeto social que atua na área, Pedro Pirrita pediu apoio para reerguer a comunidade. “Precisamos de tudo: madeira e pregos. Peço que ajudem essas pessoas”, declarou.
Muitos moradores atingidos foram para abrigos da cidade. Outra parte foi para o outro lado da ponte, em busca de ajuda.
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Atualizada às 20h21
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