Os ouvintes da Rádio Jornal do Commercio iniciaram a tarde desta quarta-feira estarrecidos com um 'passaralho' que passou pelo Sistema Jornal do Commercio de Comunicação.
Entre os atingidos, está o comentarista Maciel Jr.
Marcelo Cavalcante e Marcos Leandro, da editoria de Esportes, também estão na lista.
A "cabra" também berrou na TV Jornal, no Portal NE10 e no jornal impresso. O Departamento de Fotografia foi extinto e todos os profissionais, demitidos.
THE BEST
Comunicativo e brincalhão são algumas palavras que podem definir Maciel Júnior, o ‘The Best’, que até hoje, fez parte do Escrete de Ouro da Rádio Jornal. O comentarista, natural de Limoeiro, que sonhou um dia em ser cantor, viu seu caminho mudar para o jornalismo esportivo após um convite inusitado de um amigo. Da cidade natal partiu para o Recife e fez carreira. Foi um dos principais comentaristas da TV e Rádio Jornal, participando de grandes coberturas como as Copas do Mundo.
TRAJETÓRIA
Maciel sempre soube que seguiria o meio artístico. A princípio, sonhava em ser cantor e até chegou a gravar um disco. “Eu participava de tudo na escola, sabe? Coral, banda... Tudo que me colocavam eu ia. Eu já cantava na escola e, inclusive, ganhei vários festivais cantando. Cheguei a gravar um disco, não para seguir carreira, mas como hobby mesmo”, conta. Ele lembra com carinho a primeira vez que entrou em um estúdio de rádio. “Eu fui pegar um prêmio que minha tia tinha recebido em um programa... Eu me lembro que quando entrei na rádio, eu me encantei com o estúdio. Eu tinha uns 13 ou 14 anos”, falou.
Foi após um convite para um teste na Difusora de Limoeiro, hoje Rádio Jornal, que virou a chave e descobriu que queria seguir carreira no jornalismo esportivo e, consequentemente, ganhar espaço como comentarista. “Eu estudava com um rapaz que trabalhava na rádio e a gente debatia muito futebol na sala de aula. Ele chegou para mim um dia e disse: ‘queres ir na rádio, não? A gente vai fazer a cobertura de um campeonato local, queres fazer um teste?’ Aí, eu fui lá, fiz o teste e passei. Foi a partir daquele dia que eu vi que tinha nascido para isso”, contou. Neste período, que durou cerca de três anos, trabalhou como plantão esportivo e também na reportagem. Assinava as matérias como Maciel José, até vir para o Recife e se “transformar” em Maciel Júnior. Foi batizado com o “novo nome” por Ednaldo Santos, em uma história que daria um filme.
Com o passar dos anos, Maciel Júnior foi ganhando espaço nos veículos do SJCC. Teve a oportunidade de fazer diversos programas e também de participar de várias formações do Escrete de Ouro da Rádio Jornal. Ele lembrou de alguns momentos marcantes de sua trajetória. “Eu fazia reportagem na Rádio Jornal e a TV fazia dois eventos juninos (Arraial da TV Jornal e o Pé de Serra). Eu lembro que a produção da TV me procurou para fazer um teste para apresentar um programa de forró. Eu fiz um teste rápido, tipo piloto, e me chamaram para fazer. Então, surgiu minha participação ali. Depois fui fazendo jogos também, até chegar o momento da TV fazer transmissões. Apresentei e comentei também dois programas: Bola Cruzada e Replay”, contou.
“Eu vim para o Recife em 1991 e fiquei aqui até 1995. Fiz plantão, fui repórter e narrador. Só não comentei. Dois, fui para Caruaru em 95 e fiquei até 98. Felizmente, voltei para o Recife em 2002, já como comentarista, e estou até hoje”, explica. O comentarista lembrou ainda que, neste retorno, teve a oportunidade de reabrir a sede da Rádio Jornal Limoeiro. “É incrível o destino, né? Voltei como gerente em Limoeiro e comentarista aqui. A rádio que eu comecei, eu gerenciei… para mim foi uma realização, ter retomado a Limoeiro, retomado a minha cidade”, fala.
Nesta passagem em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, as histórias de Maciel Júnior e Aroldo Costa se cruzaram. O comentarista contou que foi ele quem levou “O Maior Gol do Mundo” de Garanhuns para a “capital do forró”. “Um dia fui fazer um jogo lá (em Garanhuns) e ele estava abrindo a jornada. Ele trabalhou um tempo lá (Caruaru) e depois veio para cá (Recife). Ao ver aquele cara ali, novinho e com aquele potencial, senti que ele se transformaria no que é hoje. Pelo potencial de conteúdo, de voz, de talento para narrar neste ritmo - que não é fácil - e eu percebi isso tudo nele. Mas, Aroldo é completamente diferente de mim”, explica. “Na transmissão, a gente era tão entrosado desde o rádio - nós já fizemos juntos em Caruaru e no Recife, e por último ,na TV - que eu já sei as deixas que ele me dá para falar. Ele sabe as coisas que eu gosto de falar, que eu quero…. Ele já levantava a bola para eu chutar. Era um entrosamento muito grande, como dizem os opostos se atraem”, finalizou.
MARCELO CAVALCANTE
Com informações de Larissa Alves
20 Comentários
Como alguém comentou acima, eu também cancelei assinatura do digital. Também não assisto mais os programas locais, muito menos, escuto a rádio.
Não concordo com a demissão de Maciel, muito menos como foi.
Agora vamos deixar esse presidente incompetente de lado.