‘Doença da Barbie’: os limites do corpo perfeito

O lançamento do filme da boneca mais famosa do mundo traz a reflexão sobre pessoas que buscam se transformar em símbolo de beleza inquestionável. Este fenômeno levanta um alerta sobre qual é o limite  entre o irreal e o ponderável quanto ao corpo. De acordo com o ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica-RJ, André Maranhão, o anseio em ser a desejável Barbie pode estar ligado à doença. “É como qualquer paciente que chega com uma foto querendo se tornar outra pessoa, ou ter essa ou aquela característica de algum famoso. Toda cirurgia ou procedimento tem indicações precisas e limites para a estrutura corporal existente, qualquer solicitação fora disso precisa de uma abordagem mais detalhado do profissional e eventualmente aconselhamento psicológico”, afirma. 

A dismorfia corporal, também chamada de Transtorno Dismórfico Corporal, é uma doença psiquiátrica em que a pessoa se vê de forma distorcida da realidade. O paciente passa a enxergar “deformações” em seu corpo que ninguém mais vê, conhecido como “defeitos imaginários”. 

No jargão da moda, seria a “doença da Barbie”. “Graves lesões, por vezes irreversíveis, podem ser geradas, principalmente se caem em mãos não habilitadas para tratamentos estéticos.  

É preciso que se entenda, a medicina é muito ampla e trata de múltiplos órgãos e sistemas interligados, para se realizar qualquer tratamento há necessidade de conhecer os riscos e como resolver problemas de procedimentos mal sucedidos que ocorrem com qualquer um. 

Qualquer tecido humano mexido pode apresentar fibroses, distensões desligamentos, que dificultam a reversão. Portanto, deve se ter parcimônia quando tratamos de transformações corporais irreais. Procedimento cirúrgico somente com cirurgião plástico”, alerta Maranhão.

Por Valmir Moratelli  

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