Aumenta o número de casos de câncer de intestino no País


O câncer de Intestino é um dos tipos mais comuns no Brasil, no entanto, pouco ainda é dito sobre essa doença. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), ele é o segundo tipo de tumor letal com maior incidência em mulheres e o terceiro nos homens. O instituto ainda sugere que em 2018 a doença deve registrar 36.360 novos casos, um aumento de 6% em relação ao ano de 2017.

“O câncer de intestino está diretamente relacionado a hábitos de vida não saudáveis, como consumo exagerado de carnes vermelha ou processada, e dieta pobre em legumes, verduras e frutas. Sem falar no sedentarismo, obesidade e consumo excessivo de bebidas alcoólicas e tabagismo”, alerta a médica cirurgiã do sistema digestivo, Clarissa Guedes. Por ano, apenas no Brasil, a doença mata mais de 15 mil pessoas. “O número é alto, no entanto ele pode ser facilmente reduzido com exames preventivos. Quando o câncer colorretal é diagnosticado em estágio inicial, a possibilidade de cura chega a 95%”, afirma a médica. 

O câncer de intestino não apresenta sintomas em estágio inicial, tornando o diagnóstico precoce mais difícil. Pessoas com mais de 50 anos chegam a representar 90% dos casos de câncer de intestino. No entanto, alguns sintomas podem ser observados. "Com o desenvolvimento do tumor, alguns sintomas podem se apresentar, como mudanças no hábito intestinal (constipação ou diarreia), anemia, fraqueza, cólica abdominal, sensação de evacuação incompleta, sangramento pelo reto e emagrecimento repentino. Ao perceber essas alterações, é fundamental procurar um médico. Apenas um especialista poderá analisar os sinais e dar o diagnóstico correto", orienta Clarissa Guedes.

Os exames de colonoscopia e retossigmoidoscopia são os mais indicados para localizar o tumor no intestino e remover os pólipos, que são lesões parecidas com verrugas.  "A cirurgia para retirada do tumor é o ponto de partida do tratamento. Após a retirada, é possível fazer uma análise e prever até mesmo o risco da doença voltar e uma necessidade, ou não, de quimioterapia”, conclui a especialista.

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