Cresce sensação de insegurança na Iputinga, com aumento de roubos

O bairro da Iputinga, na Zona Oeste do Recife, tem enfrentado uma escalada preocupante nos casos de roubos e assaltos. Moradores relatam um aumento expressivo das ocorrências, mesmo com o reforço no policiamento ostensivo. Para muitos, o número atual de agentes ainda é insuficiente para atender todas as áreas do bairro, especialmente nas ruas mais isoladas e de menor movimento.

Na semana passada, um meliante assaltou uma transeunte, na Rua do Bom Pastor, levando-lhe o celular. Populares perseguiram o criminoso e o alcançaram na Rua Pituba, que fica nas imediações da Churrascaria A Carreta, onde o imobilizaram e recuperaram o aparelho. Já na madrugada da última segunda-feira (06), também na Rua Pituba, dois ladrões roubaram o portão do prédio onde funcionava a antiga Exata Distribuidora de Medicamentos. Um morador que chegava de carro percebeu a ação e conseguiu assustar os suspeitos, que abandonaram o portão e fugiram. (Veja vídeo abaixo)

Apesar de operações pontuais, o sentimento de vulnerabilidade permanece. Um morador, em entrevista à uma emissora local de TV, contou que teve o carro furtado na Rua Odilon de Araújo, onde deixou o veículo estacionado durante a noite. “Quando voltei, o carro já tinha sumido. Essa rua está com uma obra parada há mais de um ano, sem iluminação, e a gente fica exposto”, desabafou. Outro residente lamentou que o policiamento “aparece, mas não permanece”, deixando brechas para a ação de criminosos nas vias menos movimentadas.

Estatísticas que preocupam

Os dados confirmam o que os moradores sentem nas ruas. Entre janeiro e agosto de 2024, Pernambuco registrou 12.621 veículos roubados ou furtados, média de 52 por dia. Só no Recife, foram 2.461 roubos com ameaça ou agressão e 1.552 furtos, segundo a Secretaria de Defesa Social. Além disso, 52.143 celulares foram roubados ou furtados em 2024, praticamente o mesmo número do ano anterior, mantendo os índices alarmantes.

Seguros em alta

O aumento da criminalidade também tem impactado o mercado. De acordo com Paulo Gustavo Albuquerque, diretor da PG Seguros, há uma procura crescente por proteção patrimonial:

“Nos últimos meses, observamos um aumento expressivo na venda de seguros residenciais, de automóvel e até de celulares. As pessoas estão mais preocupadas em proteger seus bens diante dessa sensação de insegurança”, afirmou.

Esperança por mais efetivo e prevenção

Os moradores reconhecem o esforço das forças de segurança, mas pedem reforço no efetivo e ações contínuas, com patrulhamento fixo em pontos estratégicos, melhor iluminação pública e conclusão de obras paradas. O que todos desejam é simples: voltar a circular pelas ruas da Iputinga com a tranquilidade de antes.

Por Gabriel Diniz

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